FONTE:Gilberto Alencar
Uma onda de ataques a agências bancárias preocupa a população no interior do Piauí. Não apenas pela violência, mas também porque, nas cidades pequenas, os caixas eletrônicos explodidos, muitas vezes, são os únicos à disposição dos moradores.
A cidade é pacata, mas a ação de quadrilhas vem alterando essa rotina. Em menos de 40 dias foram dois arrombamentos a caixas eletrônicos em Agricolândia, na região Centro-Norte do Piauí. A população está assustada. “Medo demais dos ladrões”, diz um homem.
Um caixa eletrônico foi explodido pelos bandidos no mês de julho e, de lá para cá, o posto de atendimento ficou fechado e pelo visto vai continuar assim. No lugar da porta, hoje a gente encontra tijolo e concreto.
No Piauí, só no primeiro semestre deste ano, já foram registrados 25 assaltos e arrombamentos a bancos. No mesmo período do ano passado só foram oito casos.
Em boa parte das ações criminosas, os bandidos usam explosivos. Em Miguel Alves, o gerente do banco foi feito refém e foi assassinado durante uma troca de tiros entre a polícia e os criminosos.
O resultado é que os moradores ficam sem os serviços bancários e quem mais sofre são aposentados e pensionistas.
"A dificuldade é essa, a gente tem que se deslocar da cidade da gente para ir para a cidade vizinha pegar esse dinheiro”, diz Maria das Dores Carvalho.
Segundo a Polícia Civil do Piauí, os ataques são consequência do aumento no número de caixas eletrônicos em cidades pequenas, que têm pouco policiamento. O banco do Brasil informou que a agência em Miguel Alves já reabriu. Em Agricolândia, os novos terminais automáticos ainda não chegaram. A Caixa Econômica orientou os clientes da agência atacada a procurar pontos de atendimento alternativos, como as lotéricas.
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